Para
que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de
Deus,
a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade. (I Timóteo 3:15)
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O
objetivo deste estudo não é o de se contrapor ao dízimo, mas de
esclarecer a verdade da forma certa de como contribuir pela graça, não
por coação psicológica e doutrinária, utilizada por muitos líderes de
igrejas, através de versículos da lei judaica, mas sim contribuir sem
constrangimento exposto em (II Coríntios 9:7).
O cristão não é obrigado a dar o dízimo, nem por medo do “devorador” (Malaquias 3:11)
ou de ser amaldiçoado, porque o dízimo é um mandamento da lei judaica,
além disso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e Ele já
nos abençoou com todas as bênçãos nas regiões celestiais (Romanos 8:1) e (Efésios 1:3).
Nem rouba a Deus o cristão que não dá o dízimo… não temos o dever de
chamar de ladrão a quem Jesus libertou, se ele contribui com 0% ou 100% é
uma atitude pessoal, ele é livre para decidir. Jesus condenou a atitude
dos judeus escribas e fariseus que dizimavam até o cominho e não
ofertavam o seu amor ao próximo. (Mateus 23:23), infelizmente, muitos cristãos têm repetido esta mesma atitude.
Não há um só versículo no Novo Testamento, que registre a obrigatoriedade do cristão dizimar.
Por
outro lado, se o cristão deixa de contribuir ou diminui esta
contribuição, por que descobre que não é obrigado, está agindo de má fé
para com Deus, como fez Ananias e Safira, ele deve contribuir sim e
feliz porque sabe que pode fazê-lo por amor a Deus e não por imposição
de homens, e segundo o que propuser em seu coração. Toda a contribuição
para a Igreja era feita unicamente através de ofertas e partilha de
bens. Nós, cristãos, devemos ter o cuidado de não ficarmos como
passarinho no ninho: obrigados a engolir o que colocam na nossa boca.
Pela Lei, o dízimo era destinado à tribo levítica, aos sacerdotes desta tribo.
Eles
recebiam e se mantinham dos dízimos, porque não tinham herança e
cuidavam do Templo de Deus, a Casa do Senhor, para onde os dízimos eram
levados (Números 18:21/30).
O Templo foi destruído e não existem mais os sacerdotes levitas. Pela
Graça, a instituição do dízimo é ilegal e sem respaldo bíblico, porque
todos nós somos sacerdotes de Cristo. (Apocalipse 1:6),
pois não há mais necessidade desta tribo sacerdotal. O Dízimo foi
estabelecido para os judeus; não para a igreja de Jesus Cristo. (Hebreus 7:5).
Devemos
compreender a diferença entre contribuir em LEI e o contribuir em
GRAÇA, para não ficarmos debaixo de maldição, e obrigados a guardar toda
a lei, se escolhermos seguir um mandamento dela, como disse o apóstolo
Paulo em (Gálatas 5:3/4), pois quem cumpre um mandamento da lei é obrigado a guardar toda a lei.
Somos servos do Senhor Jesus, não escravos de homens. (I Coríntios 7:23); (Gálatas 5:1) e foi para a liberdade que Ele nos chamou.
Na Lei, o DÍZIMO era a causa principal da bênção do povo judeu e a bênção era consequência deste DÍZIMO (Malaquias 3:10). A maneira certa do povo judeu contribuir na LEI era dando o Dízimo para ser abençoado.
Na GRAÇA, o Sacrifício de Cristo é a causa principal da bênção do povo cristão.
Paulo, em (Efésios 1:3)
nos afirma que Deus nos abençoou “EM CRISTO”, não “EM DÍZIMO”, por este
motivo, a maneira correta do povo cristão contribuir em GRAÇA é no uso
de (II Coríntios 9:7), porque abençoados já somos.
Ao
invés de incentivar os cristãos, com amor, a contribuírem na casa de
Deus, muitas autoridades dizem que não o obrigam o pagamento do dízimo,
mas usam textos do antigo testamento, como: …repreenderei o devorador; …roubais ao Senhor nos dízimos.. etc,
que produzem temor nas pessoas e medo de maldição, porque tais
autoridades dependem de altos salários pagos pelas igrejas ou têm receio
que a obra do Senhor seja prejudicada se não houver imposição ou, por
despreparo repetem os erros dos outros líderes, a todos faltando fé
suficiente de que Deus prosperará a igreja, através da contribuição
espontânea dos irmãos, como ocorria na igreja primitiva. O resultado
disso tudo é o engano, o desvio da Verdade.
Cristo não colocou “VINHO NOVO”(A GRAÇA) em “ODRES VELHOS”(A LEI). (Marcos 2:22).
Jesus estabeleceu tudo novo e jogou fora o que era velho (Gálatas 4:30); (Hebreus 8:13). Não podemos fazer do cristianismo uma seita judaica. Paulo afirma (Gálatas 2:14).
Toda esta confusão sobre o Dízimo seria erradicada do nosso meio se nos
empenhássemos mais em conhecer profundamente a Palavra, sermos adultos
na fé e não meninos. Se quisermos nos aprofundar na Palavra, devemos
confrontar sempre o que as pessoas ensinam com o que a Bíblia realmente
diz (I João 2:27), fazermos como os crentes de Beréia.
Origens do dízimo
DÍZIMO é um preceito da LEI de Moisés (Números 18:24), embora Abraão tenha dizimado antes da Lei, no lugar do número dos sacerdotes, os quais se encontravam nos seus lombos. (Hebreus 7:9/10). O Dízimo passou a ser um pacto (Deuteronômio 12:6/17), um contrato, entre Deus e os israelitas (Deuteronômio 14:22/28).
Todavia, nem os gentios, e nenhum representante da Igreja de Cristo
estavam lá para ouvir este pacto, ficando assim, a Igreja atualmente,
comprometida com o dízimo. Porém, como Jesus cumpriu toda a lei (Romanos 10:4), ao estabelecer uma Novo Testamento (Hebreus 8:13), nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a observância do Dízimo, uma vez convertido a Cristo.
DISPENSAÇÃO:
É um período em que o homem é provado na sua obediência a certa
revelação da vontade de Deus. Encontra-se três vezes no Novo Testamento,
em (Efésios 1:10); (Efésios 3:2) e (Colossenses 1:25).
POVOS nas Escrituras Sagradas: judeus, gentios e Igreja (judeus + gentios).
O DÍZIMO surgiu
na dispensação da Promessa, de Abraão até Moisés. Deus estava para
estabelecer o número de sacerdotes (10% da tribo de Levi), na
dispensação da Lei, dentre os filhos de Levi, que já se encontravam nos
lombos (no corpo) de Abraão, seriam seus descendentes (Hebreus 7:9/10)
com a finalidade de ministrarem no Templo onde passariam a habitar. Foi
o principal motivo, pelo qual, o Espírito inspirou Abraão a pagar a
Melquisedeque o dízimo (Hebreus 7:4),
referente a 10% dos sacerdotes da tribo de Levi que estavam nos seus
lombos. Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram
isentos de pagá-lo, como diz o texto: …Levi que recebe dízimos, pagou-os
na pessoa de Abraão. (Hebreus 7:5/9).
Ficaram
isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de Abraão a
Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os
sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra,
segundo as Escrituras, a receberem dízimo (II Crónicas 31:5/6) e (II Crónicas 31:12); (Neemias 10:37) e (Neemias 12:44), não o Sistema eclesiástico atual.
Muitos irmãos indagam: “Mas porque Deus tem me abençoado, depois que tenho dado o dízimo?”
Ora, se a Palavra diz que Deus é misericordioso até com os maus (Mateus 5:45),
quanto mais com um filho seu, que é generoso para contribuir na Obra do
Senhor, mesmo que não tenha conhecimento real da profundidade desta
contribuição, sendo o seu coração sincero diante de Deus, Deus o
prosperaria independentemente do que ele oferta ou do que vota. Deus
está mais interessado na misericórdia dos nossos corações, que nos
sacrifícios de nossas mãos, como dito em (Mateus 9:13).
Foi extinto o sacerdócio levítico, que era da lei, para que um outro sacerdócio fosse levantado, segundo a Graça, Eterno (Hebreus 7:11/12). Somos livres em tudo, inclusive na forma de contribuir:
Não
há limite de contribuição, é segundo o que você propõe no seu coração,
0% ou 100%. A obrigação do dízimo, não mais existe. É um preceito da Lei
judaica! (II Coríntios 9:7).
Como contribuir? Em Lei ou em Graça?
Para você entender melhor, usamos o seguinte exemplo:
O Adultério
Na Lei: Para não adulterar, o meio utilizado foi o apedrejamento (Levítico 20:10).
Na Graça: Para não adulterar, o meio utilizado foi o amor a Cristo (II Coríntios 5:14).
Contribuição
Na Lei: Para contribuir, o meio utilizado foi o medo do devorador (Malaquias 3:10/11).
Na Graça: Para contribuir, o meio utilizado é o amor a Cristo (II Coríntios 9:7).
No Adultério e na Contribuição, mudou o meio, mas o objetivo foi o mesmo: Não adulterar e sempre contribuir.
É
isto que Deus quer revelar à sua igreja. Você vive debaixo da GRAÇA e
não debaixo da LEI. Porque quando se faz uso da lei estando em graça,
para alcançar certo objetivo, mesmo que certo, mas se o meio utilizado
estiver errado, o resultado é a separação de Cristo e o cair da graça,
sendo assim, a pessoa é obrigada a cumprir toda a lei, como nos afirma o
Espírito Santo através de Paulo em (Gálatas 5:3/4). É por este motivo que se torna um erro gravíssimo o uso de (Malaquias 3:10) em plena GRAÇA em que vivemos, neste sentido (Malaquias 3:10),
tornou-se no meio evangélico, “o pezinho de coelho” e “ferradura da
sorte” para muita gente, principalmente para o Sistema Religioso atual,
que não consegue viver por fé, porque a fé não é de todos (II Tessalonicenses 3:2) é só dos eleitos de Deus (Tito 1:1).
Infelizmente, muitos se comportam como aqueles que queriam atirar a
primeira pedra na mulher adúltera, provavelmente, se Jesus estivesse
aqui diriam: “Mestre, este irmão ou irmã foi apanhado(a) em flagrante
roubo, não tem dado o dízimo, vive roubando a Deus, (Malaquias 3:10)
diz que tais sejam entregues ao devorador e que Deus não deve abrir as
janelas dos céus para abençoá-las. Tu, pois o que dizes?” Creio que
Jesus daria esta resposta: “O que você tem a ver com isso?”. Assim como
ninguém vive perguntando se você é adúltero, também não deve viver
perguntando se você é dizimista. Muitos chegam até ao absurdo a
constranger o irmão ou irmã, expondo-o à vergonha de ter o seu nome numa
relação de não dizimistas pregada na porta da igreja, quando não,
tiram-lhe o ministério ou o discriminam, mas quando é um(a) irmão(ã) que
dá um dízimo elevado, este, muitas vezes, é o mais honrado na igreja.
Notemos que O Deus que fala em (Malaquias 3:10), é o mesmo que diz em (Malaquias 2:16)
“… Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel…” e quase
não ouvimos falar deste assunto nas igrejas. Repetimos: não se faz aqui,
apologia à AVAREZA, porque isso não é de Deus e os avarentos, diz a
Bíblia, não herdarão o Seu Reino, podemos dar até tudo o que temos, por
amor, ao Senhor e isto alegra o coração de Deus: como alegrou o coração
de Jesus observar a viúva pobre que deu tudo o que tinha. O que é errado
é a forma escandalosa e nada cristã, relativa às contribuições. O
crente em Jesus dá com alegria e amor, até mais de 10%, se puder.
Jesus,
acima, está falando para os fariseus daquela época, não para a igreja,
que até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da
graça, o ministério de Cristo não havia ainda sido consumado. (o véu do
templo não havia sido rasgado) , tanto que Jesus ordenou ao homem que
era leproso para apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela
purificação, conforme a Lei (Lucas 5:14).
Os
conservadores do dízimo ainda dizem: O DÍZIMO é uma tradição que
devemos manter para não transgredir. O mesmo argumento utilizaram para
Jesus em relação ao Sábado (Marcos 2:24) e o Lavar as mãos antes de comer (Mateus 15:2).
Porque o Sábado fazia parte da Torá (lei judaica) e o Lavar as mãos
fazia parte da Halaká (comportamento judaico). Veja o que o dinheiro
faz, a ponto de esquecerem que, tanto o Dízimo como o Sábado e o Lavar
as mãos eram tradições judaicas e não gentílicas. O DÏZIMO passou a ser a
única tradição judaica que o Sistema Religioso vem mantendo até hoje no
seio da Igreja gentílica. Não é um absurdo???
Fazem
uma lavagem cerebral religiosa porque o dízimo é a galinha dos ovos de
ouro para muitos: é a única tradição que traz estabilidade financeira,
mas não para Deus, porque Ele de nada necessita, pois é o dono de todas
as coisas. Nem tampouco é servido por mãos humanas, (Atos 17:25).
Infelizmente,
muitas igrejas têm se tornado bem parecidas com a Antiga Igreja Romana,
que usava as indulgências como fonte de lucro, induzindo os fiéis a
contribuírem por medo da maldição, a comprarem sua salvação do Inferno e
do Purgatório. Se um crente amaldiçoado pelo falta do seu dízimo, é
ladrão, como pode estar liberto? Isto nos faz julgar o irmão e afirmar
que o sacrifício de Cristo não foi suficiente na sua vida, como faz a
Igreja Romana.
Pare
!… Confira na Palavra e reflita sobre tudo o que foi escrito aqui, Não
permaneça debaixo da lei, mas se dizimar, faça-o com uma consciência
liberta, mesmo que preguem ou façam o contrário.
A Verdade deve sempre prevalecer, como disse o apóstolo Paulo: “Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gálatas 4:16); (Romanos 7:4); (Gálatas 5:1).
(Artigo de autoria de Engª. Luciana R. A. Viana)
Fonte:http://crentassos.com.br/blog/2010/02/dizimo-contribuicao-da-lei-ou-da raca.html#ixzz2FNJ2QKhW
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